Espetáculo baseado na obra
“A história de amor de Romeu e Julieta”, de Ariano Suassuna se transforma em
aula de cultura popular para adultos, crianças, adolescentes, educadores de
várias escolas do Brasil e circuitos alternativos.
O ator pernambucano
Aramis Trindade, conhecido pelo seu trabalho em cinema, teatro e televisão, vem
divulgando através do espetáculo “Romeu e Julieta, Cordel de Ariano
Suassuna”, a cultura popular e erudita da obra de um dos dramaturgos e
poetas brasileiros mais importantes da sua época, Ariano Suassuna. O projeto, concebido
inicialmente como peça teatral teve outro desdobramento no caminho da captação
de recursos, gerando também uma versão reduzida do espetáculo adaptável para
espaços alternativos, escolas, centros comunitários, universidades com o
objetivo maior de democratizar o acesso e ampliar o público. A versão reduzida leva
a peça para as escolas de todo o Brasil, instruindo crianças, adolescentes e
principalmente professores e educadores, que são os multiplicadores do
conhecimento.
O espetáculo tem apenas
40 minutos, tempo de uma aula, o que facilita as apresentações no próprio pátio
das escolas e comunidades. Uma forma criativa e espontânea de ensinar
brincando. A encenação é dividida em duas partes: a primeira dura 20 minutos,
um monólogo onde o ator interpreta o poema em forma de cordel todo em
sextilhas. No tempo restante, Aramis incorpora o autor, interagindo com o
público e conversando sobre a literatura de cordel, cultura popular e o
movimento Armorial. E ainda, ao final do
espetáculo uma introdução a obra de Suassuna e o contraponto ao legado Shakespeare,
forma que atraí a atenção dos espectadores para esses importantes dramaturgos.
O monólogo é acompanhado por trilha sonora original gravada na versão reduzida e no teatro é acompanhado por dois músicos ao vivo, Zé da Flauta (flauta) e Tuca Araújo (viola de 12 cordas). O cenário é composto por uma arena iluminada por lâmpadas que imitam velas remetendo a tochas renascentistas. Na versão reduzida conta com dois painéis e na versão teatro é cercada por caixas cênicas representando as cidades de Verona e Mântua. Com essa variante, a peça já percorreu Recife, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O monólogo é acompanhado por trilha sonora original gravada na versão reduzida e no teatro é acompanhado por dois músicos ao vivo, Zé da Flauta (flauta) e Tuca Araújo (viola de 12 cordas). O cenário é composto por uma arena iluminada por lâmpadas que imitam velas remetendo a tochas renascentistas. Na versão reduzida conta com dois painéis e na versão teatro é cercada por caixas cênicas representando as cidades de Verona e Mântua. Com essa variante, a peça já percorreu Recife, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O projeto “ROMEU E JULIETA, CORDEL DE ARIANO SUASSUNA “para teatro, montagem completa, é incentivado pela Lei Rouanet no
Artigo 18 e na Lei Municipal de Incentivo à Cultura RJ 2012, aprovado e
classificado no grau ESPECIAL de interesse público.
A literatura de
Cordel é uma rica e relevante forma de expressão do povo nordestino, com grande
valor cultural. Do ponto de vista literário, sua forma, com seu ritmo
característico, buscar outras possibilidades de expressar essa arte como o
teatro. A vivência com a cultura popular enriquece seus criadores com novas
ferramentas e modos de expressão e é algo que possibilita aumentar o alcance de
seus textos e seu universo cultural.
A peça “Romeu e Julieta”, escrita por William
Shakespeare é uma versão de ‘Píramo e Tisbe”, que é contada pelo próprio
Shakespeare na sua comédia “Sonhos de uma noite de verão”. Ariano
reescreve a história para o teatro, em estrutura de literatura de cordel. Ambos
aproximam o antigo conto dos jovens apaixonados de Verona às circunstâncias de
comunidades regionais brasileiras, situando a história na tradição e nos
severos códigos de vingança observados no nordeste do Brasil, que são cantados
com freqüência na literatura de cordel. No
Brasil, “Romeu e Julieta” teve adaptações teatrais como a do Grupo Macunaíma,
dirigido por Antunes Filho (1984), a do Grupo Galpão, dirigida por Gabriel
Vilela (1990), e a de Romero Andrade Lima (1997).
Texto: Ariano Suassuna / Direção,
interpretação e adaptação: Aramis Trindade
/ Direção Musical : Zé da Flauta / Cenografia: Manuel Dantas Suassuna / Figurino
: Luciana Buarque / Iluminação: Beto
Trindade / Direção de Produção: Alessandra Alves Produção: Marina de ideias
Produções
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