domingo, 24 de agosto de 2025

16o. CineFantasy - 07/09/2025 - Première Mundial do filme "Quando o sangue flui" - Release

 


    

Quando o Sangue Flui” estreia no CineFantasy 2025 e reinventa o mito do vampiro com estética tropical, queer e marginal.

O cinema de gênero brasileiro ganha fôlego e provocação com a estreia mundial de “Quando o Sangue Flui”, no próximo dia 7 de setembro, às 19h, durante o CineFantasy 2025 – um dos festivais mais importantes da América Latina dedicados ao cinema fantástico. Dirigido por Cainã de Paulo e Pedro Valle, o longa-metragem é uma produção totalmente independente da Marina de Ideias Produções, e representa uma proposta ousada e autoral que mistura horror, fantasia e crítica social com forte identidade estética.

Ambientado em uma Ipanema sombria, onírica e decadente, o filme narra a história de Monique e Claudie, um casal de vampiros bisexuais que seduz vítimas por meio de cartas manuscritas repletas de erotismo e poesia. Quando uma das cartas chega às mãos de Júlio, um personagem excêntrico e misterioso, obcecado pela antropofagia –, o jogo entre sedução e morte se transforma em confronto. A trama se desenvolve como um espelho distorcido da elite artística carioca, revelando a violência simbólica sob o verniz da sofisticação intelectual.

Rodado em preto e branco com estética inspirada no cinema marginal e em cineastas como Rogério Sganzerla, Jean-Luc Godard e Neville D’Almeida, o filme flerta com o experimental e o grotesco, incorporando humor ácido, colagens visuais e trilha sonora original de Eric Dwo. Com montagem fragmentada e câmera inquieta, “Quando o Sangue Flui” desafia as convenções do terror e do drama ao propor uma narrativa sensorial e provocativa, onde o vampirismo é tropicalizado e devorado pela brasilidade – um claro diálogo com o Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade.

O elenco, majoritariamente LGBTQIA+, é um dos destaques da produção. A atriz Marina Lessa Trindade estreia como protagonista no papel de Monique, ao lado de seu pai, o consagrado ator Aramis Trindade, em uma rara e simbólica parceria intergeracional. Completam o elenco nomes como Kauã Rodriguez (Claudie), Sérgio Mascouto (Júlio), Maju Souza (Paula), Sofia Sthel (Ana), Ticiana Studart (senhora indefinida) e Daniel Bauerfeldt (psiquiatra). 

Produzido com um orçamento de apenas R$16.500,00 o longa foi viabilizado por financiamento coletivo, apoio de colaboradores e parcerias de serviços. Sem contar com leis de incentivo ou patrocínio, “Quando o Sangue Flui” é também um exemplo de resistência criativa e afirmação do cinema independente brasileiro. A estreia no CineFantasy marca o lançamento do filme e a chegada ao mercado audiovisual de uma nova geração de cineastas dispostos a subverter formas, gêneros e discursos com autenticidade e coragem.

Para além do terror, o filme aborda temas como repressão, desejo, identidade, apropriação cultural, vazio contemporâneo e o papel simbólico da arte na sociedade. O resultado é um longa provocador, queer, irreverente e carregado de referências à cultura brasileira – de Leminski à Tropicália, de Torquato Neto a Júpiter Maçã.

A equipe busca agora circulação em outros festivais nacionais e internacionais, além de parcerias para distribuição em salas alternativas, mostras experimentais e plataformas de streaming.

"Quando o Sangue Flui" estreia como uma carta de amor e enfrentamento ao cinema brasileiro: pulsante, inventivo e tropicalmente sombrio.


O press kit com imagens, teaser, ficha técnica e entrevistas está disponível sob solicitação: marinadeideiasproducoes@gmail.com.

English

“When the Blood Flows” premieres at CineFantasy 2025 and reinvents the vampire myth with a tropical, queer, and marginal aesthetic

Brazilian genre cinema gains momentum and provocation with the world premiere of When the Blood Flows, on September 7th at 7 PM, during CineFantasy 2025 – one of the most important festivals in Latin America dedicated to fantastic cinema. Directed by Cainã de Paulo and Pedro Valle, the feature film is a fully independent production from Marina de Ideias Produções, representing a bold and authorial proposal that blends horror, fantasy, and social critique with a strong aesthetic identity.

Set in a dark, dreamlike, and decadent Ipanema, the film tells the story of Monique and Claudie, a bisexual vampire couple who seduce their victims through handwritten letters filled with eroticism and poetry. When one of the letters falls into the hands of Júlio, an eccentric and mysterious character obsessed with anthropophagy, the game between seduction and death turns into confrontation. The plot unfolds as a distorted mirror of Rio’s artistic elite, exposing symbolic violence beneath the veneer of intellectual sophistication.

Shot in black and white with an aesthetic inspired by cinema marginal and filmmakers such as Rogério Sganzerla, Jean-Luc Godard, and Neville D’Almeida, the film flirts with the experimental and the grotesque, incorporating sharp humor, visual collages, and an original score by Eric Dwo. With fragmented editing and a restless camera, When the Blood Flows challenges the conventions of horror and drama by proposing a sensorial and provocative narrative, where vampirism is tropicalized and devoured by Brazilian identity – a clear dialogue with Oswald de Andrade’s Anthropophagic Manifesto.

The cast, mostly LGBTQIA+, is one of the highlights of the production. Actress Marina Lessa Trindade makes her debut as lead in the role of Monique, alongside her father, renowned actor Aramis Trindade, in a rare and symbolic intergenerational collaboration. The cast also features Kauã Rodriguez (Claudie), Sérgio Mascouto (Júlio), Maju Souza (Paula), Sofia Sthel (Ana), Ticiana Studart (undefined lady), and Daniel Bauerfeldt (psychiatrist).

Produced with a budget of only R$16,500.00, the feature was made possible through crowdfunding, the support of collaborators, and service partnerships. Without the use of public incentives or sponsorship, When the Blood Flows also stands as an example of creative resistance and the affirmation of Brazilian independent cinema. Its premiere at CineFantasy marks both the film’s launch and the arrival of a new generation of filmmakers to the audiovisual market, determined to subvert forms, genres, and discourses with authenticity and courage.

Beyond horror, the film addresses themes such as repression, desire, identity, cultural appropriation, contemporary emptiness, and the symbolic role of art in society. The result is a provocative, queer, irreverent feature, steeped in references to Brazilian culture – from Leminski to Tropicália, from Torquato Neto to Jupiter Apple.

The team now aims to circulate in other national and international festivals, in addition to seeking partnerships for distribution in alternative theaters, experimental showcases, and streaming platforms.

When the Blood Flows premieres as a love letter and a challenge to Brazilian cinema: pulsating, inventive, and tropically dark.

The press kit with images, teaser, technical sheet, and interviews is available upon request: marinadeideiasproducoes@gmail.com.

Espanhol

“Cuando la Sangre Fluye” estrena en el CineFantasy 2025 y reinventa el mito del vampiro con estética tropical, queer y marginal

El cine de género brasileño gana fuerza y provocación con el estreno mundial de Cuando la Sangre Fluye, el próximo 7 de septiembre, a las 19h, durante el CineFantasy 2025 – uno de los festivales más importantes de América Latina dedicados al cine fantástico. Dirigido por Cainã de Paulo y Pedro Valle, el largometraje es una producción totalmente independiente de Marina de Ideias Produções, y representa una propuesta audaz y autoral que mezcla horror, fantasía y crítica social con una fuerte identidad estética.

Ambientada en una Ipanema sombría, onírica y decadente, la película narra la historia de Monique y Claudie, una pareja de vampiros bisexuales que seduce a sus víctimas mediante cartas manuscritas cargadas de erotismo y poesía. Cuando una de las cartas llega a manos de Júlio, un personaje excéntrico y misterioso obsesionado con la antropofagia, el juego entre seducción y muerte se transforma en confrontación. La trama se desarrolla como un espejo distorsionado de la élite artística carioca, revelando la violencia simbólica bajo el barniz de la sofisticación intelectual.

Rodada en blanco y negro, con una estética inspirada en el cine marginal y en cineastas como Rogério Sganzerla, Jean-Luc Godard y Neville D’Almeida, la película coquetea con lo experimental y lo grotesco, incorporando humor ácido, collages visuales y una banda sonora original de Eric Dwo. Con un montaje fragmentado y una cámara inquieta, Cuando la Sangre Fluye desafía las convenciones del terror y del drama al proponer una narrativa sensorial y provocadora, donde el vampirismo se tropicaliza y es devorado por la brasilidad – un claro diálogo con el Manifiesto Antropófago de Oswald de Andrade.

El elenco, mayoritariamente LGBTQIA+, es uno de los puntos fuertes de la producción. La actriz Marina Lessa Trindade debuta como protagonista en el papel de Monique, junto a su padre, el consagrado actor Aramis Trindade, en una rara y simbólica colaboración intergeneracional. Completan el elenco nombres como Kauã Rodriguez (Claudie), Sérgio Mascouto (Júlio), Maju Souza (Paula), Sofia Sthel (Ana), Ticiana Studart (señora indefinida) y Daniel Bauerfeldt (psiquiatra).

Producido con un presupuesto de apenas R$16.500,00, el largometraje fue posible gracias a financiamiento colectivo, apoyo de colaboradores y alianzas de servicios. Sin contar con leyes de incentivo ni patrocinio, Cuando la Sangre Fluye es también un ejemplo de resistencia creativa y afirmación del cine independiente brasileño. El estreno en CineFantasy marca el lanzamiento de la película y la llegada al mercado audiovisual de una nueva generación de cineastas dispuestos a subvertir formas, géneros y discursos con autenticidad y valentía.

Más allá del terror, la película aborda temas como represión, deseo, identidad, apropiación cultural, vacío contemporáneo y el papel simbólico del arte en la sociedad. El resultado es un largometraje provocador, queer, irreverente y cargado de referencias a la cultura brasileña – de Leminski a la Tropicalia, de Torquato Neto a Júpiter Maçã.

El equipo busca ahora circular en otros festivales nacionales e internacionales, además de asociaciones para distribución en salas alternativas, muestras experimentales y plataformas de streaming.

Cuando la Sangre Fluye debuta como una carta de amor y enfrentamiento al cine brasileño: palpitante, inventivo y tropicalmente oscuro.

El press kit con imágenes, teaser, ficha técnica y entrevistas está disponible bajo solicitud: marinadeideiasproducoes@gmail.com.